Arquitetura

Abertura máxima para a vista, layouts integrados, limpeza na arquitetura, de onde resulta a decoração também clean, e um estilo contemporâneo que dá vez ao moderno, ao industrial, e chega ao casual descompromissado. Com este olhar carioca leve e muito próprio, o escritório Andre Piva Arquitetura, criado em 1995, traduz o pensamento de quem dá atenção ao detalhe mas busca a simplicidade, conforto e modernidade. Com senso estético e princípios básicos parecidos, além de uma forte sintonia entre arquitetura e design, Andre Piva e sua sócia Vanessa Borges, escrevem uma história com características transparentes em todos os sentidos, marcado por um estilo que não se repete - em apartamentos, casas, lojas, escritórios, mostras de decoração e prédios. Os trabalhos dos dois arquitetos -- ele gaúcho e ela carioca, ambos formados no Rio de Janeiro -- se completam e seus papéis se misturam já que os projetos são feitos em conjunto do conceito à realização. Um convívio fácil, que leva em conta uma visão analítica da cidade, com sua natureza e luminosidade, como o principal cenário das obras do escritório. Este espírito construído na proximidade com o mar e na descontração do Verão que dura o ano inteiro, se estende aos projetos assinados pela dupla no Brasil e no exterior. Neste mix, estruturas limpas em metal ou concreto aparentes, vidro e madeira fazem a arquitetura funcional e arejada dos projetos do escritório.

O arquiteto curitibano Maurício Melara faz da experimentação de acabamentos a marca de seu trabalho. Mistura concreto, aço cortén e madeira sem medo da ação do tempo. Onde muitos buscam a previsibilidade dos materiais inertes, ele quer o incerto. Antes, o tempo é seu aliado nesta busca por uma arquitetura viva com materiais que envelheçam bem e agreguem outros significados aos seus projetos. Como o aço que sob o sol e a chuva acrescenta novas cores à fachada, além de texturas e efeitos escorridos.  Assim, cada obra é única e seu aspecto evolue no tempo. Neste livro o arquiteto demonstra 22 de seus mais recentes trabalhos, sobretudo residenciais, ricamente complementados por desenhos a mão de própria autoria e plantas detalhadas de fachadas e ambientes internos. O processo criativo do arquiteto tenta resolver a equação de proporcionar espaços racionais no uso, com materiais adequados aliados a um ótimo aproveitamento do terreno. Às vezes o inusitado surge da necessidade, caso do próprio escritório do arquiteto, uma estrutura metálica suspensa a sete metros do chão e sustentada por colunas inclinadas. A necessidade veio do orçamento enxuto, do terreno pequeno e do desejo por um estacionamento. O projeto valeu um prêmio ao escritório e a prova de que um bom traço pode mudar tudo.

Transformações recentes impulsionam um novo morar urbano da classe média e média alta nas grandes cidades brasileiras. Da soleira para fora, o cenário foi estimulado pela mudança de paradigma encampada pelo novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo, que foi aprovado em 2014 e reverberou em outras cidades do país. Seus pontos plausíveis são a valorização do pedestre e o incentivo ao uso misto e ao adensamento no entorno do transporte público. A mudança é tripartida: na base, o comércio ativa a calçada; no corpo, diferentes usos estimulam a diversidade; no topo, a vista urbana sobressai. Da soleira para dentro, o estopim foram a pandemia e a consequente valorização dos ambientes em função de educação e trabalho remotos. O motor da renovação são os juros baixos, o que impulsiona o crédito imobiliário. A ponta do iceberg dessa renovação revela contornos contemporâneos notáveis. Mesmo que o cume aflorado seja diminuto diante da vulgar massa submersa, ele representa um conjunto significativo, construído por incorporadores e apresentado nesta edição, que tem como único paralelo em quantidade e qualidade arquitetônica a longínqua efervescência pauliceia no pós-guerra.

Criado com o intuito de contribuir para a qualidade de vida nas grandes cidades, sobretudo em São Paulo, o URBEM – Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole está completando uma década de existência. Mais do que um centro de reflexão, que pauta o debate por meio de artigos e encontros, o instituto se apresenta como um centro de ação ao ser proponente de transformações urbanas significativas e promover a convergência de atores públicos e privados. Nesse sentido, ele tornou-se um polo de debate interdisciplinar que, ao menos para os arquitetos que colaboram em seu cotidiano, solidificou-se como uma baliza para o pensamento urbano. Indiretamente a organização contribuiu para as recentes transformações do Plano Diretor Estratégico de São Paulo e, entre os projetos, realizou o Casa Paulista, sendo responsável pelo modelo da concorrência que gerou a concessão pública. Atualmente, o foco do instituto está na transformação de uma grande gleba urbana e pós-industrial na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, que promete se tornar um bairro-modelo, com inclusão e sustentabilidade

A mais bela e significativa imagem de representação do Palácio dos Bandeirantes é, sem dúvida, o seu acervo de obras de arte. Apresentar e interpretar as coleções de arte em seu contexto natural espacial - os ambientes do palácio para os quais muitas obras foram pensadas -, em convivência constante com os espaços administrativos e históricos da sede executiva do governo do Estado de São Paulo, traz o desafio em cumprir uma importante missão de preservar, por meio de um tratamento museológico, esses conjuntos patrimoniais de mais de quatro mil peças.

Para esta edição foram selecionados os projetos mais recentes e nunca antes publicados. São eles: o hotel Emiliano, no Rio de Janeiro, o restaurante Kosushi, em São Paulo, o edifício residencial Único, em São Paulo, e dois escritórios, um na capital paulista e outro em Curitiba, no Paraná. Entre os trabalhos icônicos assinados pelo estúdio, estão a residência Urca, no Rio de Janeiro, a loja HStern, em Nova York, o restaurante Toro Gastrobar, no México, e o pavilhão brasileiro da Expo Milão 2015, na Itália. A obra conta com textos exclusivos de renomados autores brasileiros e estrangeiros, como Philip Jodidio, Ana Domínguez, Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, Fernando Serapião e Philip Stevens. O fotógrafo português Fernando Guerra, o italiano Filippo Bamberghi, o argentino Ricardo Labougle, e os brasileiros Leonardo Finotti e Jonathan Chicaroni, assinam as imagens dos projetos. Para o arquiteto Arthur Casas, o livro traduz a diversidade de atuação do estúdio. “São trabalhos tão diferentes entre si e, no momento de acompanhar a edição, é que percebi que há muita coerência entre eles. Acho que atingimos, eu e minha equipe, uma liberdade ímpar de nos expressarmos nas mais diversas escalas”

Perfeccionista, Carlos Fortes diplomou-se em arquitetura no Rio de Janeiro, mas sonhava em trabalhar com cinema. O contato com a sétima arte o levou a entender que poderia trabalhar com a luz e, após se radicar em São Paulo, ele adentrou o universo de iluminar obras de arquitetura e interiores. Primeiro trabalhou com Esther Stiller e Gilberto Franco, em seguida, desenvolveu carreira solo como líder do Estúdio Carlos Fortes, que completa uma década. Tornou-se uma das referências brasileiras do setor. De quebra, também desenha produtos. Nesse meio-tempo, ele se adaptou à mudança tecnológica que ocorreu em todo o setor, centrada na introdução do LED: se antes a preocupação era encontrar produtos com soluções técnicas adequadas para cada tipo de ambiente, o foco do projeto concentrou-se no desenvolvimento de ambientes mais flexíveis, humanizados e capazes de promover a saúde e o bem-estar. “Hoje a discussão está mais centrada na internet das coisas e na possibilidade de controle”, diz Fortes, pontuando uma nova etapa tecnológica.

This visually striking compendium illustrates the architectural and historical evolution of over 60 iconic synagogues worldwide. Beginning with the foremost archaeological sites in the Holy Land, it extends to the Jewish sanctuaries of Europe, North Africa, Russia, the Caucasus, Israel, and the New World, from the most ancient to the most innovative creations around the globe. Masterpieces such as Frank Lloyd Wright's Beth Sholom Synagogue in Pennsylvania, the Grand Synagogue in Paris, New York's Temple Emanu-El, and Dresden's Neue Synagogue are all featured in magnificent detail. In a series of compelling essays, prominent scholars Lidia Chakovskaya, Steven Fine, Max Fineblum, Mohammad Gharipour, Samuel D. Gruber, Sergey R. Kravtsov, Michael Levin, and Edward van Voolen explore the diverse architectural styles that reflect the synagogue's rich, complex, and often tragic history. Noted Judaic studies authority Aaron Hughes provides the introduction, highlighting the synagogue's history and liturgical furnishings from silver menorahs and textiles to carved wooden cabinets and lanterns of eternal light. This gorgeously illustrated volume will appeal to those with an appreciation for art and architecture as well as lovers of Jewish history.

Os consumidores estão cada vez mais sensíveis e preocupados com a sustentabilidade dos produtos. De fato, um estudo recente sobre hábitos de consumo mostrou um interesse crescente por produtos orgânicos em detrimento da acessibilidade. 44% dos entrevistados disseram que permanecem fiéis às compras ecológicas, apesar do período econômico. E um terço dos consumidores dizem que estão ainda mais tentados a comprar produtos verdes agora do que antes. A sustentabilidade não é um modismo, e o público está sempre em busca de novas informações, novos produtos e inovações nessa área. Por sua vez, os designers estão sempre respondendo com novos produtos elegantes e eficientes que atendem às necessidades de um futuro sustentável. Este volume reúne mais de 100 projetos vencedores de mais de 20 países diferentes, lançados por estúdios famosos e grandes empresas, incluindo IDEO, IBM e New Deal Design. São apresentados os mais diversos produtos: purificadores de ar e água, relógios de sol, caixões para funerais sustentáveis, papel feito com fezes de elefante e ovelha, etc. Na prática, lendo este livro você pode entender em que ponto está a grande revolução do nosso século, que é a atenção à sustentabilidade.